sexta-feira, 1 de julho de 2011

Capítulo 7 - A viagem

Eu sei que vem um bocadinho atrasado, desculpem meninas! Espero que gostem *

Beijinhos, Di

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Estávamos ainda em minha casa e eu estava extremamente curiosa com o sítio onde iriamos almoçar.

Filipa – Fogo, Francisco! Diz-me lá onde é que vamos almoçar…
Francisco – Tem calma amor, tenho a certeza que vais adorar!
Filipa – Disso não tenho dúvidas, mas não sei o que vestir.
Francisco – Qualquer coisa te fica bem, mas leva algo mais quente, porque vamos para um sítio muito frio.
Filipa – Tanto mistério… Ok, dá-me dez minutos!
Francisco (num sussurro) – Se forem só dez tenho eu sorte…
Filipa – Disseste alguma coisa?
Francisco – Disse que eras linda!
Filipa – Oh… Vá tenho que me ir vestir – e dei-lhe um beijo repenicado nos lábios e corri para o meu armário.

Passado meia hora já estava pronta para ir ao tal sítio misterioso com o meu Francisco. Ele já tinha chamado um táxi e já tinha dito para onde queria que este nos levasse para que a surpresa não ficasse arruinada. Enquanto nos dirigíamos para o tal restaurante, eu apercebia-me que aquele lugar não me era estranho… eu sabia que já tinha passado por lá.  
Quando nos aproximávamos do local da surpresa, apercebi-me que nos encontrávamos em Sintra.

Francisco – Chegámos!
Filipa – Porque é que estamos no Palácio de Monserrate?
Francisco – Então, porque vamos almoçar aqui! Não gostaste da surpresa?
Filipa – Claro que gostei, amor! Obrigada, obrigada, obrigada! – disse agarrando-me a ele e enchendo-o de beijos, mas fomos interrompidos pelo roncar da barriga dele e ambos nos rimos.

O almoço correu na perfeição, estava tudo óptimo e tínhamos uma grande vista. O preço é que já sabíamos que ia ser avultado, mas não havia problema, a vista e a companhia compensavam os gastos. Acabamos por ficar a passear por aqueles jardins maravilhosos até chegar a hora de irmos ver o Bernardo ao hospital. Assim que chegámos ao hospital, a minha intenção foi contar logo ao Bernardo que eu tinha tido uma brilhante ideia para a nossa passagem de ano.
                                                                                                                  
Filipa – Então, campeão?
Bernardo – Já estou pronto para outra, princesa!
Filipa – Nem digas isso Bernardo de Almeida!
Bernardo – Estava só a brincar…

Filipa – Acho bem! Olha nem sabes, tive uma ideia brilhante!
Bernardo – Até tenho medo…
Francisco – Não é preciso teres, a ideia nem é nada má.
Filipa – Obrigada, meu amor – dei-lhe um beijo repenicado
Bernardo – Ao menos tenham pena daqui do doente!
Filipa – Oh, coitadinho! Mas agora cala-te, deixa-me dizer a minha ideia! Eu tive a pensar e acho que seria boa ideia irmos todos passar a passagem de ano à quinta dos meus avós no Alentejo, que dizes?
Bernardo – É uma excelente ideia, mas quem é que vai?
Filipa – Eu, o meu namorado lindo, tu, a Matilde, a Mica, a Beatriz e talvez o Rodrigo e o Gustavo, mas esses os dois só vão se a Mica e a Beatriz quiserem!
Bernardo – Ah, é boa gente, pode ir.
Filipa – Ok, agora é só pedir as chaves à minha avó e pedir à minha mãe para falar com os pais de todos.

Alguns dias se passaram e já estava tudo tratado, todos íamos para a quinta dos meus avós passar a passagem de ano, iria ser memorável! Para que tudo corresse bem, decidimos que haveria muito pouco álcool, uma vez que, os caseiros nunca deixavam a quinta e eu não queria arranjar problemas com os meus avós, nem com os pais dos outros. Decidimos dividir tarefas, eu e a Mica tratávamos da decoração, a Beatriz e a Matilde tratavam da comida e os rapazes tratavam das bebidas. Já que a Mica e a Beatriz tinham carros, decidimos ir nos carros delas para o Alentejo e quem seguiria à frente era a Mica que já lá tinha estado comigo e lembrava-se do caminho. Como o Bernardo tinha tido alta, nós decidimos ir no dia 27 de Dezembro que calhava numa segunda-feira.
O dia 27 havia chegado e encontrávamo-nos todos à porta do meu prédio para carregarmos as coisas, uma vez que, eu é que tinha guardado a comida e as bebidas.  Após carregarmos o carro da Mica e da Bea, gerou-se uma enorme confusão. Quem é que iria em que carro?

Beatriz – Então? Temos que nos despachar, a Fi disse que estávamos lá por volta do meio dia e já são nove horas e nada!
Filipa – Mesmo a sério! Pronto, eu faço a distribuição!
Bernardo (num sussurro) – Isto vai ser lindo! – diz rindo
Filipa – No carro da Beatriz se a dona deste não se importar, vai o Rodrigo, o Bernardo e a Matilde.
Bernardo (num sussurro) – Eu disse!
Beatriz – Porque é que eu tenho que o levar?
Rodrigo – Sim, Porque é que eu tenho que ir com ela?
Filipa – Ahhh… - pensando numa desculpa para aqueles os dois ir no mesmo carro - … porque eu vou levar muita coisa e um dos bancos do carro da Mica vai deitado.
Mica – Mas assim…
Filipa – Shiu, eu é que sei!
Mica – Então e quem é que vai no meu carro?
Filipa – Os restantes, eu, o Francisco e o Gustavo.
Mica – Parece-me bem! – disse um pouco envergonhada
Filipa – Eu sei – disse piscando-lhe o olho – bem, os casalinhos vão atrás, sim? – olhei para a Matilde, para que esta dissesse que sim.
Matilde – Claro!

Após outra discussão sobre o porquê dos casais irem atrás, conseguimos sair dali para nos fazermos à estrada até ao Alentejo. Decidimos parar várias vezes durante o caminho para comermos e falarmos uns com os outros. No nosso carro, no da Mica, a conversa entre ela e o Gustavo ia animada, parecia mesmo que eles se estavam a entender e quase que aposto que seria na quinta dos meus avós que eles começariam a namorar, pelo menos, tempo para estarem juntos não lhe ia faltar. Mas pelo que a Matilde me ia dizendo, as coisas com a Beatriz e o Rodrigo também ia a correr tudo bem, pelo menos foi o que ela me disse por mensagens:

De: Matie
Fifi, as coisas com a Bea e o Rodrigo estão mesmo bem!
Eles não estão a discutir, não sei se é por pensarem que estamos a dormir, mas pelo menos estão mesmo queridos um com o outro.
Obrigada, bebé.

A viagem foi longa e um pouco cansativa. Eu tinha-me deitado tarde porque como tinha passado os dias todos com o Francisco, nem tinha feito as malas e eu quando saio para algum lado tenho que levar carradas de roupa, porque nunca sei o que é que me vai apetecer vestir. Acho que tenho mais roupa do que o Bernardo e o Francisco juntos! Mas pronto, roupas à parte, a viagem correu muito bem e já nos encontrávamos no portão da quinta dos meus avós que já estava aberto e eu já previa uma grande recepção por parte de todos os trabalhadores. E como previsto, lá estavam eles todos à minha espera.

Rosinha – Menina, que saudades! – disse dando-me um enorme abraço
Filipa – Rosinha, minha querida!
Rosinha – A menina já não quer saber de nós!
Rute – Nunca quis – disse num tom ríspido
Filipa – A tua simpatia continua a mesma – respondi-lhe do mesmo modo
Manuel – Não ligue, não foi assim que a criei…
Filipa – Sr. Manuel! – disse dando-lhe um abraço
Manuel – Estava a ver que não!
Filipa – Acha que me esquecia?
Manuel – Não, mas parece que se esqueceu de alguém…. – disse apontando para os meus amigos
Filipa – Sou mesmo despassarada! Desculpem meninos! Estes são os meus amigos, a minha melhor amiga, o meu melhor amigo Bernardo, a namorada dele, a Matilde, o meu namorado Francisco – os olhos do Francisco brilharam assim que o apresentei como meu namorado àqueles que também faziam parte da minha família, que era assim que eu os considerava – o Rodrigo e o Gustavo. Tinha-os apresentado aos caseiros e à filha deles e aos restantes trabalhadores. Estávamos a descarregar as coisas do carro, quando se aproxima o Sr. Manuel, a Rosinha e a Rute.

Rosinha – Menina, quer que mande por alguma cama extra em algum quarto?
Filipa – Não, não se preocupe! Já fiz a distribuição dos quartos.
Rute – Aposto que ela vai dormir com o namorado!
Manuel – Cala a boca rapariga! Ela é quem manda aqui, dorme com quem quiser, tu só tens que a servir e calar!
Filipa – Deixe estar, quem manda é a minha avó e não te preocupes que não vou dormir com ele – assim que proferi tais palavras senti o olhar preocupado de Francisco em cima de mim
Mica – Então?
Filipa – Não te «lembras» - dei bastante enfâse à palavra lembraste para que ela e o Francisco percebessem que estava só despista-los – de eu ter dito que nós as duas dormíamos no meu quarto, a Matilde e a Beatriz no quarto dos meus pais, o Bernardo e o Francisco no quarto de hóspedes e o Rodrigo e o Gustavo no outro quarto de hóspedes?
Mica – Ahhh, pois foi!
Rosinha – Não tem que se justificar, menina. Nós sabemos muito bem a educação que teve e não esperávamos outra coisa se não isso. E como prova do seu arrependimento, a Rute, vai levar as malas para os respectivos quartos!
Rute – Vou? – perguntou indignada
Rosinha – Vais! Juntamente com os outros trabalhadores.
Filipa – Não é preciso!
Rosinha – Não há discussão possível! Enquanto levamos as coisas a menina vá mostrar a quinta aos seus amigos e parece que alguém está com saudades suas…
Filipa – SHINY! – gritei começando a correr para os estábulos. Estava cheia de saudades do meu menino! O Shiny foi o cavalo que a minha avó me tinha oferecido quando eu tinha passado para o nono ano e desde então a nossa relação era única, era como se ele percebesse o que eu dizia… Eu sei que o nome dele era um pouco estranho, mas a primeira vez que o vi, ele ainda era um pequeno potro com o pelo castanho claro, mas com um brilho imenso e a primeira coisa que me veio à cabeça foi: «brilhante», mas achei que o nome seria um bocadinho feio, mas brilhante em inglês é shiny e achei que esse nome lhe assentava muito bem, pelo menos ele parecia gostar.

Shiny quando ainda era um potro.
Rosinha – Vão atrás dela, a menina foi ter com o seu cavalo e quando vai ter com ele, esquece-se de tudo!

Eles vieram todos atrás de mim e assim que chegaram viram-me agarrada a um cavalo enorme a chorar a fazer-lhe festas.
Após a minha demorada demonstração de afectos para com o meu Shiny, fui-lhes mostrar a quinta, a minha casa de bonecas, o Forte dos meus tios, a adega do meu avô, o local onde produzem o vinho, as videira, as casas dos meus tios e as casas dos trabalhadores.

***

A visita estava feita e agora vinha a parte mais engraçada, a verdadeira distribuição dos quartos, sem que nenhum dos empregados percebesse. Parecia uma missão como nos filmes de acção, andávamos em bicos dos pés para não fazer barulho com as malas ao colo para os quartos. O Francisco ia dormir comigo, a Matilde com o Bernardo, a Mica com a Beatriz e o Rodrigo com o Gustavo, mas em breve a distribuição iria mudar…
O Francisco tinha ido tomar banho e eu tinha vindo da cozinha, pois a Rosinha havia-me chamado para eu escolher o que seria o Jantar, eu não queria nada elaborado, queria algo simples, mas nada naquela quinta era simples, por isso, bem podia tirar o meu Shiny da chuva! Enquanto percorria aqueles corredores em direcção ao meu quarto, vi que a Rute estava a espreitar para dentro deste e que acabara por entrar. Eu fui atrás dela sem que esta se apercebesse e vi que o Francisco acabara de sair da casa de banho de tolha e que ela se dirigia a ele! O que é que iria acontecer? Entro ou espero para ver? O que é que ela vai fazer? Ela nunca gostou de mim! E o que é que o Francisco ira fazer? Iria manda-la embora? Tenho medo, muito medo!

2 comentários:

  1. Olha a parvinha :o a meter o bedelho no que não é dela, põe-lhe na ordem menina Dii :b
    Oh minha linda valeu a espera, fantástico como sempre *-*

    Criei um novo blogue é mais uma alternativa em relação ao outro, se quiseres passa por lá (eutenho-umsonho.blogspot.com) ;D
    Beijo* e continua ^^

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  2. Vai haver pancada? A Bia bem qe podia ir-lhe ás trombas, sabes qe ela é capaz ^^
    E a Bia tinha de levar com o Rodrigo, atura com cada uma -.-'
    Beijinhoos, my love <3

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