segunda-feira, 4 de abril de 2011

Capítulo 6 - Pequeno-almoço

Antes de mais, quero pedir imensa desculpa por ter demorado a postar o capítulo, mas tive alguns problemas que poderiam vir a acabar com a existência do mesmo, mas ainda bem que isso não aconteceu! Anni, desculpa mesmo, espero que não tenhas morrido de curiosidade entretanto (ahah, just kidding) :b
Obrigada por ainda lerem a minha fic e obrigada pelos comentários (ainda que poucos, mas são poucos mas bons!), a vossa opinião é importantíssima!

Beijinhos, Di

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Fi:

Finalmente chegamos à minha rua. O táxi parou mesmo em frente ao meu prédio e dividimos a conta pelos três.

Matie – Bem, até amanhã meninos, vou tentar dormir – diz com uma voz mais calma
Fi – Qualquer coisa liga! – apressei-me a responder
Matie – Vá, juízo… Até amanhã – diz rindo
Fi (rimo-nos) – Até amanhã

A Matie já ia no fundo da rua quando o Chico me beija delicadamente os lábios.

Chico – Até amanhã, meu amor – diz dando-me outro beijo repenicado
Fi – Hã?
Chico – Sim, vou embora, precisas de descansar!
Fi – Deves estar a brincar comigo – disse entristecida
Chico – Filipa, tens que dormir! Já viste o que aconteceu hoje? – diz preocupado
Fi – Eu preciso de ti e não de dormir – disse agarrando-me a ele
Chico – Mas vá, só desta vez…
Fi – Então ficas comigo? – um largo sorriso invadiu-me o roso
Chico – Sim, fico – e beijou-me levemente os lábios

Entrámos no meu prédio e de seguida em minha casa, mas desta vez ele já não teve vergonha de entrar, entrou como se a casa fosse dele.

Fi – Ah, agora já não tens vergonha – disse picando-o
Chico – Devia?
Fi – Claro que não, é como se estivesses em tua casa, meu amor – disse dando-lhe um beijo repenicado
Chico – Vou só à casa de banho! – diz encolhendo as pernas
Fi (ri-me) – Vai lá, antes que aconteça alguma desgraça – ele começa a andar em direcção à casa de banho – aproveito e visto já o pijama
Chico – Está bem – diz enquanto se dirigia para a casa de banho

Fui para o quarto a pensar qual seria o pijama que iria usar… o da kitty? Não, muito menina… O cor-de-rosa? Muito simples… Abri a gaveta e vi, era o meu pijama favorito, de certeza que ele irá gostar deste. Agarrei nele e fui para a casa de banho, para trocar de roupa, lavar os dente e pôr creme no corpo, detesto deitar-me se pôr!
Estava mesmo a terminar de lavar os dentes, quando ouço uma voz do outro lado da porta

Chico – Fi?
Fi – Sim?
Chico – Onde é que posso pôr a minha roupa?
Fi – Onde quiseres, já te disse que esta é como se fosse a tua casa – soube-me tão bem dizer estas palavras
Chico – Está bem, vou pôr no armário…
Fi – Sim, tens lá uns cabides vagos se quiseres!
Chico – Ok! Olha…
Fi – Sim?
Chico – Ainda estas demorada?
Fi – Só falta vestir o pijama e pôr o creme no corpo, é rápido! – ele sabia bem que não era assim tão rápido
Chico – Queres ajuda? – diz com ar de gozo
Fi – Vai arrumar a roupa, vai
Chico – Oh fogo…

Ouvi os passos dele a distanciarem-se, ele de certeza que tinha ido arrumar a roupa dele. Estou tão feliz, o meu melhor amigo já não está em coma e voltei a ter o meu Chiquinho! Aiii, acho que não podia estar mais feliz! E nervosa… será que vais ser esta noite? Nem tenho protecção! Nunca tenho, mas isso também não interessa muito… Ai que medo! Enquanto fazia filmes na minha cabeça, o Chico já tinha chegado ao quarto, eu ouvira os passos dele. Aproveitei e arranjei um bocadinho o cabelo, eu não consigo passar pela casa de banho e não arranjar o cabelo. Vesti o pijama e devagar saí do quarto.

Fi – Chiquinho?
Não obtive resposta nenhuma e comecei a vasculhar o quarto com o olhar. Ah, lá estava ele! Estava apenas de bóxeres, todo torto a dormir na minha poltrona ao lado da janela. Aproximei-me dele e beijei suavemente os seus lábios.

Fi – Chico? – disse baixinho ao seu ouvido – Vá, acorda, estás todo tordo, amor – disse preocupada
Chico – Não… – diz amuado
Fi – Vá, não sejas teimoso – disse ao ouvido dele
Chico – Não estou a ser teimoso…
Fi – Pára de resmungar e levanta-te! – disse ficando irritada
Chico – Não quero… - diz ensonado
Fi – Olha, faz o que quiseres! Vou deitar-me! – disse muito irritada

Estava mesmo chateada! Quer dizer, eu preocupo-me com ele e é assim que ele me trata!? Bem pode estar a morrer que agora já não saio da cama, é que não saio mesmo!

Chico – Fi… - diz com a sua voz doce
Fi – Cala-te, deixa-me dormir! – respondi usando toda a minha arrogância
Chico – Não faz isso não, gatinha – diz imitando o sotaque brasileiro
Fi – Mas posso dormir ou não?

Tinha uma parte da minha cabeça tapada pelos cobertores, mas mesmo assim, consegui ver um vulto a passar ao meu lado, só podia ser ele! Mas não quero saber, ele respondeu-me mal… O meu pensamento foi interrompido pelo levantar dos cobertores.

Fi – Eu disse que podias deitar-te na minha cama? – disse chateada
Chico – Disseste para agir como se estivesse em minha casa e eu em minha casa durmo na cama – diz picando-me
Fi – Mas isso foi há bocado, antes de me responderes mal, lembras-te?
Chico (chegando-se para mais perto de mim e agarrando-me na cintura) – Oh bebé, não fiques assim, sabes que não foi por mal…
Fi – Por mal ou não, custou-me ouvir! Eu estava preocupada contigo…
Chico – Hoje no hospital também me tratas-te mal e eu só estava preocupado contigo…
Fi – Tens razão, desculpa – disse dando-lhe um beijo nos lábios
Chico – Mas falando de outras coisas… - diz enquanto me mexia no cabelo – esses calções…
Fi – Nem tenhas ideias!
Chico – Mas porquê? – diz com um arzinho triste
Fi – Hoje não…
Chico – Tens razão, amor, desculpa! – diz dando-me um beijo nos lábios
Fi – Não faz mal… - disse com cara triste
Chico – Que se passa? - perguntou preocupado
Fi – Tenho medo… Medo de te perder…Medo que não esperes por mim…
Chico – Não sejas tonta, não me vais perder! Já falamos disso hoje…
Fi – Eu sei, mas…
Chico – Mas nada! Vá, dorme – diz dando-me um beijinho no nariz
Fi – Não quero…
Chico – Está bem, mas vá, shiu – deu-me um beijo suave nos lábios e continuou a brincar com o meu cabelo

Passado pouco tempo eu acabei por adormecer.
Acordei com o sol a reflectir sobre o meu rosto, estava um dia cheio de sol, pelo menos era o que parecia… Olhei em meu redor e vi que o Chico não estava ao meu lado. Que estranho… Será que isto tudo não passou de um sonho? Mas eu lembro-me de adormecer ao lado dele… Levantei-me e fui buscar o telemóvel para ver se tinha alguma mensagem e por acaso até tinha.

De: Matie

Bebé, logo não te esqueças de me vir chamar para irmos ver o meu Bernas…
Como é que foi a noite de ontem? Quero pormenores :b

Afinal ele tinha dormido cá em casa… É melhor responder à Matie antes que me esqueça e depois vou à procura dele.

Para: Matie

Claro que não me esqueço, bebé!
Não houve nada…

Pousei o telemóvel em cima da cama e levantei-me. Ao levantar-me da cama, reparei que em cima do meu banco, estava um bilhete do Chico.

Bom dia, meu amor! Fui a casa e depois vou às compras. Levei as tuas chaves para não te acordar, espero que não fiques chateada comigo!

Beijo, amo-te

Oh, que querido! Foi de propósito comprar-me pão para fazer-me o pequeno almoço, ele é tão querido. Enquanto ele não vem, acho que vou tomar um duche.

Chico:

Acordei com os primeiros raios da manhã a incidirem sobre o meu rosto, graças à mania que a Filipa tem de dormir com os estores abertos! Agora que acordei já não consigo voltar a adormecer… Olhei para o relógio que ainda tinha no pulso, pouco passava das oito horas da manhã e a minha princesa dormia que nem um bebé. A muito custo tentei levantar-me da cama para ir a casa, tomar banho, trocar de roupa e comprar alguns docinhos para o pequeno-almoço da minha menina. Enquanto vestia a minha roupa, lembrei-me de uma coisa, se eu vou a casa, como é que eu entro aqui sem acordar a Fi? É que tão depressa ela não acorda… Percebi que a resposta para a minha pergunta estava mesmo em frente a mim! Como é que se entra numa casa? Com chaves! É isso! Levo as chaves dela e deixo-lhe um bilhete, assim ela sabe onde fui e que eu é que tenho as chaves de casa dela. Agarrei num papel e numa caneta que se encontravam em cima da secretária dela e escrevi o bilhete que ficou em cima da secretária dela. Agarrei nas chaves de casa e apressei-me a sair, demorei menos de duas horas a arranjar-me e agora encontrava-me enfrente ao supermercado ao pé da casa da Filipa. Entrei e reparei que estava com sorte, havia imensa fruta que ela adorava, então peguei num cesto e coloquei lá dentro tudo o que ela gostava, desde mangas, laranjas, uvas, pêssegos, cerejas, morangos, biscoitos, docinhos, rebuçados, tudo o que ela mais gostava! Quando ia a sair do supermercado com as compras feitas, olhei para o lado e vi uma florista com as rosas mais bonitas que alguma vez tinha visto e lembrei-me que eram as flores favoritas dela e decidi leva-las comigo. Entrei muito devagarinho em casa com medo de a acordar, pois ela ainda devia estar a dormir e dirigi-me de imediato para preparar tudo o que a minha princesa merecia.

Fi:

Tinha acabado o meu belo banho e dirigia-me para o meu armário para escolher a roupa que iria vestir, demorei algum tempo, confesso, mas acho que acabei por escolher a roupa ideal.

vesti-me e maquilhei-me o mais rápido que consegui para ver se o meu menino já tinha chegado! Após estar pronta, dirigi-me até à cozinha, de onde se ouvia algum burburinho.

Chico – Fogo, mas onde é que estão os tabuleiros? – dizia enquanto vasculhava todas os armários
Fi (rindo) – Na dispensa, na segunda prateleira.

O Chico não contara com a minha presença naquele momento o que o assustou bastante.

Fi (rindo) – Fogo, sou assim tão feia?
Chico – É claro que não, mas porra! Não contava que estivesses ai atrás de mim!
Fi – Não tenho culpa de andar feita doida à procura do meu namorado!
Chico – Sim, desde que cheguei que estás a tomar banho e olha que eu já cheguei a algum tempo, bebé…
Fi – Como é que sabes?
Chico – Sabes que tu tens o esquentador na cozinha, certo?
Fi – Ups, esqueci-me disso! Mas o que é que estás a fazer? Cheira tão bem!
Chico – Ainda não acabei!
Fi – Deixa-me ver – disse enquanto tentava espreitar
Chico – Não! Vai pondo a mesa enquanto eu acabo isto – disse entregando-me dois pratos
Fi – Fogo! – disse resmungando
Chico – Deixa de ser refilona e vai meter a mesa – disse rindo
Fi – Pareces a minha mãe – disse enquanto punha os pratos na mesa

O pequeno-almoço estava óptimo e tomamo-lo entre mimos e caricias que me mostravam o quanto eu o amava, mas ainda tínhamos uma longa tarde pela frente… Em princípio vamos almoçar fora, não sei onde, ele não me disse… Depois vamos ver o Bernardo e talvez acabemos por jantar em casa dele… mas isso só logo é que se saberá (a)